Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O subsecretário do Interior do Chile, Rodrigo Ubilla, confirmou nesta quarta-feira (23/10) que o número de mortos em decorrência das manifestações contra o governo chegou a 18. A informação vem após o quarto dia de toque de recolher, decretado pelo governo de Sebastián Piñera nas maiores cidades do país.

Segundo o subsecretário, entre as vítimas fatais há uma criança de quatro anos, que morreu após um veículo atropelar manifestantes que protestavam pacificamente em San Pedro de La Paz.

De acordo com Ubilla, 438 pessoas foram detidas no horário em que estava estipulado o toque de recolher . O subsecretário ainda informou que há 105 civis feridos e também 95 soldados da Forças Armadas e da polícia machucados.

No entanto, o Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH) do país contabiliza que 2.138 pessoas foram detidas nos últimos dias. O órgão ainda aponta que há 376 feridos, dos quais 173 são ferimentos por arma de fogo, e 5 mortes ocorridas por “agentes do Estado”.


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O jornal El Mostrador afirmou que, segundo a família de uma das vítimas, um homem faleceu em decorrência de golpes que recebeu de policiais chilenos.

Governo fala em ao menos 210 feridos, entre civis e militares, e 438 presos; órgão de direitos humanos, no entanto, diz que há mais de 2.000 detidos em decorrência dos protestos

CUT Chile/Reprodução

Marcha convocada por organizações sociais na Plaza Italia

Greve geral

Centrais sindicais, movimentos populares e organizações estudantis do Chile anunciaram nesta terça-feira (22/10) a convocação de uma greve geral entre os dias 23 e 24 de outubro contra o governo de Piñera.

Em comunicado, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Chile afirmou que a greve geral “é o maior instrumento que os trabalhadores têm para a defesa dos interesses”. Segundo a organização, estão previstas “marchas desde as 10h30, orientadas pela massividade, ordenadas, pacíficas e com bandeiras sindicais”.

Por sua vez, o comunicado emitido pela Unidade Social, conglomerado que reúne mais de 50 movimentos populares, afirmou que a paralisação reivindicada “a imediata suspensão do estado de emergência e o retorno dos militares aos quartéis”.