Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou em uma coletiva de imprensa na segunda-feira (17/11) que Washington deve “cuidar” da Venezuela, ao mesmo tempo que confirmou a possibilidade de uma operação terrestre contra o país.

“Não descarto essa possibilidade. Não descarto nada. Precisamos apenas nos concentrar na Venezuela”, disse ele em uma coletiva de imprensa na segunda-feira (17/11). Ele também reiterou que poderá em breve conversar com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro. “Provavelmente falarei com Maduro; falo com todos”, afirmou.

Na semana passada, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, denunciou a atual presença militar dos EUA no Caribe, a maior em décadas, classificando-a como uma ameaça de invasão e um ataque à soberania do país. Ele afirmou que o objetivo final dessa agressão é tomar o controle dos vastos recursos naturais da Venezuela.

‘Epicentro da ameaça’

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, referiu-se na segunda-feira (17/11) à resiliência do povo venezuelano diante da “ameaça e da presença latente do império americano”, referindo-se ao destacamento militar dos EUA em águas caribenhas sob o pretexto de combater os cartéis de drogas, uma ação que Caracas descreve como uma “agressão” contra sua soberania e que, segundo o governo, tem como objetivo final controlar os vastos recursos de petróleo e gás da nação bolivariana.

“É preciso ver como é estar no epicentro da ameaça e da perseguição do império norte-americano e ser como nós somos: serenos, de cabeça erguida, aproveitando a vida e continuando a construir a sociedade venezuelana em liberdade, com democracia, como estamos fazendo”, disse o presidente em seu programa Con Maduro+.

A esse respeito, ele afirmou que “essas 16 semanas de agressão psicológica e ameaças despertaram uma Força Armada Nacional Bolivariana revitalizada e mobilizada; uma Milícia Bolivariana ampliada e melhor treinada; e um povo que acolhe com serenidade seus planos e apoia seus militares. Na Venezuela, o povo apoia seus militares, apoia sua milícia”, disse ele, comentando os exercícios militares “Independência 200”, que a nação bolivariana lançou em preparação para um possível ataque direto dos EUA.

Assim, ele afirmou que as operações defensivas confirmaram que “a Venezuela possui um poderio militar modesto, mas importante, que garante que o país, cujo único desejo é manter a paz, será respeitado”.