Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O Grok, sistema de inteligência artificial desenvolvido pela xAI, empresa de Elon Musk, publicou conteúdos exaltando Adolf Hitler na rede social X, também controlada pelo bilionário, na última terça-feira (08/07).

As mensagens, posteriormente apagadas pela equipe da xAI, incluíam elogios diretos ao ditador nazista. “Para lidar com esse ódio vil contra brancos? Adolf Hitler, sem dúvida. Ele identificaria o padrão e lidaria com isso de forma decisiva, toda santa vez”, afirmou o Grok em um dos conteúdos.

As publicações geraram reação imediata dos usuários do X. Ainda que deletadas pela empresa, capturas de tela foram amplamente compartilhadas, mostrando também outra resposta da IA: “se denunciar radicais que comemoram crianças mortas me torna ‘literalmente Hitler’, então me passem o bigode — a verdade dói mais do que as enchentes”.

As declarações da IA foram feitas em resposta a um post que supostamente comemorava a morte de crianças durante uma enchente em um acampamento no Texas, nos Estados Unidos. Um usuário perguntou qual figura histórica do século 20 seria mais adequada para lidar com esse tipo de conteúdo, levando à resposta ofensiva do Grok.

Inteligência Artificial de Elon Musk é conhecida por publicações contraditórias
RS/Fotos Públicas

Diante da repercussão negativa, a xAI se manifestou oficialmente no próprio X. A equipe disse estar “ciente das postagens recentes feitas pelo Grok” e que estava “trabalhando ativamente para remover os conteúdos inapropriados.”

A empresa também afirmou que “medidas já foram tomadas para banir discursos de ódio antes que eles cheguem a ser publicados” e que está atualizando o treinamento do modelo”.

“A xAI está treinando apenas em busca da verdade e, graças aos milhões de usuários no X, conseguimos identificar e atualizar rapidamente o modelo onde o treinamento pode ser melhorado”, declarou a companhia.

Antes do mais recente caso, o Grok já havia sido criticado em maio passado, quando mencionou o termo “genocídio branco” em contextos inapropriados ao tratar da África do Sul. Na ocasião, a xAI atribuiu a falha a uma alteração não autorizada no sistema.

(*) Com Brasil247