Sábado, 6 de dezembro de 2025
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A brasileira Estefânia Campos, cofundadora da B.Nano Soluções Tecnológicas, foi uma das 18 vencedoras do concurso de startups lideradas por mulheres do BRICS, bloco econômico liderado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Ao todo, mais de mil candidaturas de 21 países associados ao bloco participaram da disputa no BRICS Women’s Startups Contest 2025.

A B.Nano foi uma das três premiadas na categoria Agricultura e Segurança Alimentar, na subcategoria estágio inicial.

Criada em 2022 com a missão de transformar o manejo agrícola por meio da nanotecnologia, a empresa de Estafânia Campos é uma startup nascida do do Laboratório de Nanotecnologia Ambiental da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Sorocaba e conta com a parceria do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Nanotecnologia para Agricultura Sustentável (INCT NanoAgro), que busca qualificar e reunir especialistas de diferentes áreas para promover avanços na fronteira do conhecimento em nanotecnologia para agricultura sustentável. O projeto recebe apoio da Fapesp, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.

O concurso tinha seis categorias: Saúde e Bem-Estar; Agricultura e Segurança Alimentar; Educação e Desenvolvimento de Habilidades; Energia, Infraestrutura e Mobilidade; Comércio, Serviços e Transformação Digital; e Desenvolvimento Sustentável e Soluções Climáticas. Em cada categoria foram premiadas empresas em três estágios de maturidade: inicial (early stage), em crescimento (growth) e de escala (scale-up).

Testes de produtividade em Sorocaba (SP)

Além de Estefânia Campos, a empresa é liderada pelos cientistas Anderson Pereira e Jhones Oliveira. A equipe desenvolveu uma solução capaz de potencializar o crescimento de plantas de milho usando pequeníssimas capsulas com ingredientes para os vegetais. Esta solução favorecer o crescimento das plantas e aumenta a produtividade.

Testes realizados em campo demonstram que os nanoestimulantes da startup ampliam a produção em cerca de 26 sacas por hectare, resultando em lucro de aproximadamente R$ 2 mil por hectare, segundo comunicado da empresa.

Os experimentos com o projeto aconteceram na região de Sorocaba (São Paulo). A solução adotada significou um aumento de mais de 14% na produtividade das lavouras.

Além da inovação para potencializar lavouras de milho, a empresa também possui outras patentes voltadas ao desenvolvimento de sistemas de liberação sustentada de ingredientes ativos, com estruturas de nano(bio)pesticidas, nanoestimulantes, bioestimulantes e microencapsulação para controle biológicos de pragas.

Com informações da Agência Fapesp