Sheinbaum denuncia tentativa de ‘instalar narrativa’ de repressão no México
Mandatária disse que protesto contra o governo ‘foi armação de adultos encapuzados se passando por jovens e atacando a polícia para gerar reação e construir relato de violência’
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, afirmou em coletiva realizada nesta segunda-feira (17/11) que os confrontos violentos registrados durante a marcha de sábado (15/11), na capital do país, foram parte de uma “operação organizada projetar internacionalmente a falsa ideia de que há no México uma insatisfação da população jovem contra o governo”.
Segundo a mandatária, as manifestações “foram uma armação de grupos muito violentos, uma armação que está sendo investigada, mas chama a atenção como as ações deles foram coordenadas, e provavelmente financiadas”.
“Esses grupos agiam de forma ensaiada, algumas pessoas atacavam os agentes da polícia e atrás deles apareciam os cúmplices para registrar as imagens na hora em que os agentes reagiam. Queriam que a polícia respondesse para gerar esses vídeos e, com eles, construir a ideia de que no México há repressão aos jovens, e isso é falso”, acrescentou a líder mexicana.
Em outro momento da coletiva, Sheinbaum reforçou seus questionamentos de que a manifestação pudesse ser atribuída a grupos de jovens, à chamada “Geração Z” (pessoas nascidas entre 1990 e 2010, que hoje teriam, portanto, entre 15 e 35 anos).
‘Ato infiltrado pela direita’
Questionada sobre o fato de as publicações que convocaram o ato contarem com apelos a esse público, a mandatária disse que “o que nós vimos foi uma marcha com maioria de pessoas adultas, infiltrada por figuras políticas ligadas à oposição, figuras ligadas ao mundo empresarial e influenciadores cujos perfis estão ligados à Maré Rosa (organização de direita)”.

Sheinbaum disse que protesto contra seu governo não foi promovido por grupos de jovens, e sim por movimentos de direita
Presidência do México
Durante a coletiva, Sheinbaum mostrou vídeos com os quais destacou as ações violentas do grupo, usando artefatos explosivos e armas como martelos, marretas e objetos contundentes.
“A forma como agiram de forma coordenada para tentar derrubar as grades de proteção é um claro indício de que não havia a intenção de fazer um protesto pacífico, pelo qual bastava realizar o ato dentro do amplo espaço disponibilizado pelas forças de segurança”, frisou a presidente.
Os atos realizados na Cidade do México reuniram cerca de 17 mil pessoas, segundo as autoridades municipais da capital do país. Cerca de 23 pessoas foram presas.
Movimentos opositores ao governo de Sheinbaum anunciaram a realização de uma nova manifestação na próxima quinta-feira (20/11).
Com informações de TeleSur.























