Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O presidente da Argentina, Javier Milei, oficializou neste sábado (22/11) duas mudanças no seu governo: a chegada de Alejandra Monteoliva ao Ministério da Segurança Pública, em substituição de Patricia Bullrich (que assumiu cargo no Senado) e a de Carlos Alberto Presti no Ministério de Defesa, em lugar de Luis Petri (eleito deputado em 26 de outubro).

A revelação dos novos ministros causou polêmica sobretudo pelo nome de Presti, tenente-general que é filho de Carlos Roque Presti, militar que comandou o 7º Regimento de Infantaria em La Plata durante a última ditadura civil-militar argentina (1976-1983).

Durante o regime ditatorial, Roque Presti foi responsável pelas operações de repressão na chamada Área Operacional 113, onde teria liderado dinâmicas de tortura e assassinato de opositores.

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Como a maioria dos comandantes militares argentinos, Presti pai foi processado pelos crimes que cometeu, mais especificamente por seu envolvimento na morte de 44 pessoas, mas morreu sem receber uma sentença definitiva.

Já Presti filho, antes de ser ministro de Defesa, foi comandante da 4ª Brigada Aerotransportada e diretor da Academia Militar, e também participou da missão de paz no Haiti nos Anos 2000.

Presidente da Argentina cumprimenta o novo ministro da Defesa do país
Javier Milei / X

Primeira vez pós-ditadura

Ao nomear Presti, Milei ressaltou que esta é a primeira vez desde o retorno da democracia na Argentina (em 1983) que um militar ocupa o Ministério da Defesa. Isso ocorreu quando Luis Petri, que ocupava o cargo até então, foi eleito para a Câmara dos Deputados.

Em declaração após a nomeação, o mandatário descreveu o novo ministro como “uma pessoa com uma carreira militar impecável, que tenha alcançado o mais alto posto, estará à frente do Ministério da Defesa Nacional e das Forças Armadas”.

“É dever da liderança política atuar para transformar o país e colocar fim à demonização das Forças Armadas promovida pelos governos de esquerda”, acrescentou Milei.

Já o caso do Ministério da Segurança Pública, Monteoliva assumiu o cargo após ser subsecretária de Bullrich desde dezembro de 2023, razão pela qual era considerada a substituta natural para a pasta.

Com informações de Página/12.