Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Nesta segunda-feira (10/07), o programa 20 MINUTOS tratou do panorama político enfrentado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso Nacional, razão pela qual o entrevistado desta edição foi o deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP).

O principal tema do debate conduzido pelo jornalista Haroldo Ceravolo Sereza foi a influência do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) sobre o chamado “Centrão” e como o governo tem lidado com essa situação.

Segundo Valente, Lira continua tendo muito poder na câmara baixa, “apesar de estar enfraquecido pelas denúncias de corrupção, que são gravíssimas e que envolvem a prisão do principal assessor dele, a lista que mostra pagamentos feitos a ele, e que está com a Polícia Federal, o que realmente cria uma instabilidade”.

Sobre como a imagem de Lira foi afetada depois da aprovação da reforma tributária, o deputado do PSOL afirmou que o atual presidente da Câmara é mais hábil para lidar com derrotas que Eduardo Cunha, que ocupou esse posto também devido à sua influência sobre o Centrão, mas que acabou preso por cassado e corrupção.

“O Lira está cercado de aliados grandes, mas também de ambições grandes. Ele costurou uma rede de lealdades através do orçamento secreto, de uma certa truculência e digo mais: do uso abusivo do infoleg parlamentar, que é uma herança maldita do período da pandemia”, comentou Valente.

Deputado federal do PSOL de São Paulo falou sobre a influência do presidente da Câmara e como o governo tem enfrentado essa questão; veja vídeo na íntegra

“O Lira está cercado de aliados grandes, mas também de ambições grandes. Ele costurou uma rede de lealdades através do orçamento secreto, de uma certa truculência e digo mais: do uso abusivo do infoleg parlamentar, que é uma herança maldita do período da pandemia”, comentou Valente.

O deputado também ressaltou que o Governo Lula começou “com uma grande vitória, que foi tirar o Bolsonaro”.

“O que estaríamos vivendo se tivéssemos que encarar mais quatro anos de Bolsonaro? Eles iriam aumentar o número de membros deles no STF e partir para um esquema de perpetuação no poder, de restrição de liberdades, e isso foi quebrado. O fisiologismo e o clientelismo que sempre houve, hoje se bolsonarizou”, frisou.

Valente também disse que “a fotografia do Lira ao lado do Lula e de todos os líderes dos partidos do Centrão depois da reforma tributária é o retrato do isolamento do Bolsonaro. Ao mesmo tempo, se você se perguntar se aqueles caras da foto vão bater palmas para todos os projetos do governo, a resposta é ‘não’. Eles só vão bater palmas para aquilo que lhes interessa”.